Como contornar a crise?

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Bin Laden continua em ação

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Nem depois de morto Bin Laden dá descanso… O mal estará sempre no seu coração 🙂

Liberdade… Liberdade de Imprensa…. Liberdade de Expressão

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A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro celebrou, no passado dia 3 de maio, o dia Mundial da Liberdade de Imprensa. O tema “Liberdade… Liberdade de Imprensa…. Liberdade de Expressão” atraiu muitos estudantes e profissionais da comunicação ao Complexo Pedagógico, que puderam escutar a experiência de vários jornalistas de guerra, bem como a história do jornalista infiltrado António Salas.
O dia começou com a visualização do documentário” BURMA VJ- Reporting from a Closed Country” de Anders Ostergaard. Um documentário que retrata o esforço dos jornalistas birmaneses na divulgação exterior das manifestações e massacres de 2007, em Myanmar.
Seguiu-se um debate com vários nomes ligados ao jornalismo de guerra, entre os quais Carlos Fino, José Carlos Ramalho e José Manuel Rosendo. Um debate bastante efusivo onde muitos alunos, que idealizam ser jornalistas, puderam contactar com a realidade do jornalismo de guerra.
Durante a tarde, João Oliveira apresentou o significado de jornalismo infiltrado, dando o exemplo de António Salas. Este último partilhou via telefone o seu testemunho com dezenas de alunos.
Este dia acabou com uma tributo a todos os jornalistas mortos em trabalho no ano de 2010, no Parque Corgo. Para assinalar esta homenagem foram ainda lançados simbolicamente 100 pombos e lidos os nomes de todos esses jornalistas.

Do debate que decorreu durante a manhã, surgiram algumas frases interessantes para todos os que querem ser jornalistas:

“A nossa missão não é ajudar. É reportar”- José Carlos Ramalho
“Quando começa a guerra, a primeira vítima é a liberdade”- Carlos Fino
“Só se entende o mundo, levantando-nos da nossa cadeira”- José Manuel Rosendo, referindo-se ao papel do jornalista
“É urgente o jornalismo ir para a rua”- José Manuel Rosendo
“Somos os mediadores e olhos dos cidadãos”- José Manuel Rosendo, referindo-se ao papel do jornalista
“O jornalismo infiltrado tem que ser verdadeiro, não pode ter uma causa, pois assim não seria jornalismo verdadeiro”- João Oliveira

Há uma falta de articulação ético-política na nossa sociedade?

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Infelizmente acho que a nossa sociedade é definida pelas questões de natureza política e, principalmente, por questões económicas. As questões éticas são tudo menos uma prioridade para a política e para a nossa sociedade, embora sejam indissociáveis e estejam intrinsecamente relacionadas, tendem a ser ignoradas.
O que importa neste mundo é o concreto, enquanto os valores, como não são algo concreto, passam para segundo plano e muitas vezes são esquecidos. O que nos preocupa é o que existe de facto e o que nos afeta: a crise, por exemplo. A ética? Essa é diferente de pessoa para pessoa e os valores que eu considero importantes podem não ser importantes para outros, logo não afeta os outros e, assim, não é uma preocupação global.
Um exemplo claro do referido pode ser o referendo sobre o aborto. A verdade é que a maioria das pessoas não votou. Ou seja, não estão minimamente interessados nestes assuntos que podem ser chamados de éticos. Porém, em relação à crise todos têm uma opinião pronta e formulada.
A sociedade de hoje é de facto uma sociedade de solidão. Temos cada vez mais meios de comunicação que utilizamos de forma negativa. Em vez de utilizarmos, por exemplo, as redes sociais como uma forma de socializar, utilizamo-las para nos afastarmos cada vez dos outros e dos valores. Trata-se de um paradoxo, uma vez que se temos mais meios de comunicação deveríamos preocupar-nos com questões realmente importantes, como são as questões éticas, e “desenvolver” estas problemáticas que se encontram “adormecidas” na nossa sociedade, sendo apenas pontualmente recordadas.
Em relação ao ambiente, só posso dizer que estamos a colocá-lo no mesmo saco: ou seja, o ambiente não afeta diretamente a economia e todo o mal que fazemos não se verifica no imediato, logo não nos preocupa. Por exemplo, até há bem pouco tempo o aquecimento global e o buraco do ozono eram quase temas tabus, sendo os cientistas reputados de “extremistas”. Só recentemente se começou a falar mais no ambiente e, sobretudo, devido aos recursos energéticos – algo que afeca a economia. Já nos começamos a preocupar, mas há ainda muito trabalho para fazer.
Não basta preocuparmo-nos amanhã, pois amanhã pode já ser tarde de mais, para resolver os problemas que todos pensávamos que tínhamos tempo de resolver no futuro.